Comum em idosos, a cirurgia de quadril e fêmur é um procedimento que pode gerar muitas dúvidas nos familiares e cuidadores. E sim, é natural sentir-se preocupado com a recuperação do seu ente querido!
Afinal, a fragilidade óssea, a perda de massa muscular, doenças crônicas e uso de medicamentos contínuos são fatores que interferem nessa recuperação e pedem cuidados redobrados.
Pensando nisso, hoje vamos desmistificar esse processo, explicando o que esperar nas primeiras semanas após a cirurgia, quais cuidados são essenciais e como você pode ajudar seu familiar a ter uma recuperação mais rápida e confortável.
Ressaltamos que esse artigo serve apenas para fins educativos, e não substitui o acompanhamento médico especializado.
O que é a cirurgia de quadril e fêmur?
Imagine o quadril como uma bola e soquete que nos permite movimentar a perna. Com o passar dos anos ou devido a algum trauma, essa articulação pode se desgastar ou ser lesionada, causando dor e limitando os movimentos.
A cirurgia de quadril e fêmur tem como objetivo substituir a parte danificada da articulação por uma prótese, aliviando a dor e devolvendo a mobilidade ao paciente.
Por que essa cirurgia é realizada?
Em geral, a cirurgia de quadril e fêmur nos idosos é realizada por conta de fraturas, tão comuns à idade. Dentre as principais causas para esse problema, podemos destacar:
- Osteoporose: a perda de densidade óssea, característica da osteoporose, torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas, mesmo com traumas de baixa intensidade, como uma queda da própria altura.
- Quedas: elas são a principal causa de fraturas de quadril em idosos! A perda de equilíbrio, a diminuição da força muscular e o uso de medicamentos podem aumentar o risco delas.
- Envelhecimento: o processo de envelhecimento natural leva à perda de massa óssea e muscular, tornando os ossos mais frágeis e os idosos mais propensos a quedas.
- Outras doenças: algumas doenças, como o câncer, podem causar metástases nos ossos, enfraquecendo-os e aumentando o risco de fraturas.
- Trauma: acidentes de carro ou outras lesões graves podem causar fraturas de quadril e fêmur.
É importante ressaltar que a combinação desses fatores aumenta significativamente o risco de fraturas em idosos.
Além disso, a cirurgia de quadril e fêmur pode ser recomendada para pacientes com artrose e artrite reumatoide, a fim de diminuir as dores e devolver a qualidade de vida.
Iniciando a recuperação: o que esperar?
A recuperação de uma cirurgia de quadril ou fêmur é um processo individualizado e pode variar dependendo de diversos fatores, como a idade do paciente, o tipo de cirurgia realizada, a saúde geral e a dedicação à fisioterapia.
No entanto, é possível descrever algumas etapas gerais que a maioria dos pacientes passa:
Fase 1: Adaptação e Repouso
Os primeiros dias após a cirurgia costumam ser os mais desafiadores, já que é o início de tudo. O paciente passará alguns dias no hospital, sendo monitorado pela equipe médica e recebendo medicamentos para dor. Ainda lá, é realizada a fisioterapia precoce, com exercícios leves e treino de marcha com auxílio.
Após a alta hospitalar, o repouso é fundamental, pois permite que o corpo se recupere da cirurgia. Já os medicamentos para dor precisam ser administrados conforme prescrição médica, e jamais devem ser interrompidos por conta própria, mesmo que o paciente alegue não sentir mais dores.
Outro ponto de atenção, e de extrema importância, é cuidar da ferida cirúrgica! Mantenha-a limpa e seca, trocando os curativos conforme orientação médica.
Banhos de imersão e atividades que possam causar atrito na região, bem como fazer movimentos bruscos com o paciente e excesso de peso sobre o membro operado devem ser evitadas.
Em resumo, nessa fase aguda (que compreende o período inicial após a cirurgia), o foco é no controle da dor, prevenção de complicações e início da fisioterapia.
Fase 2: De volta à ativa
Passado o momento mais crítico da recuperação, é hora de começar a aumentar gradualmente as atividades. Nesta fase, a fisioterapia desempenha um papel crucial!
O fisioterapeuta irá ensinar exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor do quadril, melhorar a amplitude de movimento e restaurar a função. É importante pontuar que esses exercícios são adaptados às necessidades do idoso e evoluirão gradualmente.
Portanto, não tenha pressa. Apenas garanta que o profissional que está assistindo o seu ente querido seja extremamente qualificado. Se possível, contrate alguém especialista nesse assunto.
Outro ponto importante é que, nesta fase, o idoso começará a ensaiar os primeiros passos após a cirurgia, e inicialmente precisará de um andador, muletas ou bengala para auxiliar na locomoção. Sendo assim, pergunte ao fisioterapeuta que o está assistindo qual o equipamento de apoio mais adequado.
Resumidamente, essa é a fase de transição, com aumento gradual da carga sobre o membro operado e progressão dos exercícios de fisioterapia.
Fase 3: Rumo à vida normal
Conforme o paciente começa a ganhar força e mobilidade, poderá retomar atividades mais intensas, como praticar esportes ou realizar atividades físicas mais vigorosas, sempre com orientação médica.
Aqui, a fisioterapia continuará presente, focada em fortalecer os músculos do quadril, coxa e core, fundamentais para uma recuperação completa e prevenção de futuras lesões.
Afinal, essa é a fase de consolidação dos resultados, com foco no fortalecimento muscular, retorno às atividades e prevenção de recidivas.
Dicas práticas para uma recuperação mais rápida e confortável
Como você deve ter percebido ao longo da leitura, a recuperação de uma cirurgia de quadril e fêmur é um processo que envolve todo o entorno do paciente.
Além dos cuidados médicos, a alimentação saudável, a hidratação, o descanso adequado e o apoio dos cuidadores são fundamentais para garantir uma recuperação mais rápida e completa.
Por isso, é importante que o idoso em recuperação mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e proteínas magras, para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na cicatrização.
Outro ponto de atenção é beber bastante água, já que idosos, em geral, sentem menos vontade, e a hidratação adequada ajuda a eliminar toxinas do organismo e facilita a cicatrização.
Atente-se também para a questão do sono, pois é durante ele que o corpo se regenera. Tente manter uma rotina de sono regular e crie um ambiente tranquilo para descansar.
É preciso ter em mente que, por um período, a casa precisará ser adaptada para receber o idoso recém operado. Por isso, prepare o ambiente para facilitar a mobilidade do paciente, adquirindo o equipamento de apoio recomendado pelo fisioterapeuta, e removendo obstáculos que possam causar quedas.
Além disso, por um tempo, o idoso também necessitará de ajuda para realizar as atividades do dia a dia, como tomar banho, se vestir e se alimentar. Adapte-as para que ele possa participar ao máximo, de acordo com suas capacidades.
Por último, mas não menos importante, é preciso ressaltar que cada paciente tem um ritmo próprio de recuperação, não é possível fazer comparações. Logo, a paciência é essencial! E combinada à fisioterapia e o acompanhamento médico regular, é a receita para uma recuperação rápida e confortável.
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