O Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta a memória e outras funções cognitivas, acomete milhões de pessoas no mundo!
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano, 100 mil novos casos são diagnosticados no Brasil, fazendo com que famílias se deparem com a difícil tarefa de lidar com essa nova realidade, e acabam entrando em um estado de negação.
Porém, apesar dessa ser uma reação comum, negar o diagnóstico pode atrasar o início de tratamentos e cuidados essenciais, gerando transtornos para o paciente, cuidadores e familiares.
É por isso que, no artigo de hoje, vamos explorar as razões por trás da negação, oferecer estratégias para ajudar familiares a aceitarem o diagnóstico de Alzheimer, e consequentemente oferecerem o melhor apoio aos seus entes queridos.
A negação como mecanismo de defesa
A negação, muitas vezes, surge como a primeira reação diante de um diagnóstico tão desafiador como o Alzheimer. É um mecanismo de defesa natural do nosso psicológico, que tenta nos proteger da dor e da ansiedade, construindo um muro invisível entre nós e a realidade, para evitar a angústia que ela pode causar.
Quando nos deparamos com situações que desafiam nossas crenças ou ameaçam nossa autoestima, a negação surge como uma tentativa de preservar nosso equilíbrio psicológico. É como se a mente dissesse: “Não, isso não pode estar acontecendo comigo”.
Ou seja, a necessidade de negar a realidade está intrinsecamente ligada ao nosso desejo de manter a estabilidade emocional.
Isso acontece, também, porque temos medo do futuro, que é incerto e gera ansiedade e medo. A negação, nesse contexto, funciona como uma forma de evitar as possíveis dificuldades que podem surgir. Ao negarmos a possibilidade de eventos negativos, criamos uma falsa sensação de segurança.
E, conforme abordamos no começo, embora seja uma reação natural, esse sentimento pode ter consequências negativas tanto para o paciente quanto para os cuidadores.
Pois, ao negar a doença, o tratamento pode ser atrasado, a qualidade de vida do paciente ser comprometida e os cuidadores podem desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Manifestações da negação no Alzheimer
- Minimização dos sintomas: tentar atribuir os sintomas a outras causas, como estresse ou envelhecimento normal.
- Negação do diagnóstico: dificuldade em aceitar que a pessoa amada está doente.
- Isolar-se: evitar conversar sobre o assunto ou buscar ajuda.
- Culpar outros: atribuir a culpa por mudanças de comportamento a fatores externos.
- Racionalização: criar explicações lógicas para os sintomas, mesmo que não sejam realistas.
O impacto da negação na família
A negação do diagnóstico de Alzheimer não apenas dificulta o processo de aceitação do paciente, mas também impacta significativamente a dinâmica familiar e a qualidade de vida de todos os envolvidos.
Dentre as principais consequências para o paciente, podemos citar o atraso no tratamento, isolamento social e aumento da ansiedade. Já o impacto na dinâmica familiar traz:
- Conflitos: a negação pode gerar conflitos entre os membros da família, especialmente quando há divergências de opinião sobre como lidar com a situação.
- Sobrecarga do cuidador principal: a pessoa que assume os cuidados do paciente pode se sentir sobrecarregada emocionalmente e fisicamente, especialmente se estiver lidando sozinha com a situação.
- Dificuldade em tomar decisões: a negação dificulta a tomada de decisões importantes, como a escolha de um tratamento ou a necessidade de mudar a rotina da família.
Além disso, a negação pode trazer uma consequência muito dolorosa, que é impedir que a família aproveite o tempo presente e crie novas memórias com o paciente.
Estratégias para lidar com a negação
Reconhecer a negação como um mecanismo de defesa é o primeiro passo para superá-la. Ao admitir que estamos negando algo, é possível buscar ajuda profissional e desenvolver estratégias para lidar com as emoções difíceis.
A terapia, a meditação e o apoio de amigos e familiares podem ser ferramentas valiosas nesse processo. E quando se trata do diagnóstico de Alzheimer, é preciso ter em mente 4 pilares: educação, comunicação, apoio emocional e planejamento.
Educação
O primeiro passo para lidar com o Alzheimer é conhecê-lo bem! Afinal, nós só tememos aquilo que não conhecemos. Logo, quanto mais a fundo você for nesse tema, mais seguro você se sentirá. Portanto, estude sobre os estágios da doença, opções de tratamentos disponíveis, como deve ser a rotina, o que esperar, etc.
Porém, é preciso que essa busca seja feita em fontes confiáveis. Além de artigos científicos e da Associação Brasileira de Alzheimer, aqui no nosso blog você encontra diversos materiais sobre esse tema.
Comunicação
Para evitar conflitos, é necessário manter um diálogo aberto e honesto com toda a família. Incentive a todos a conversar abertamente sobre o diagnóstico, os sentimentos e as necessidades.
Já com o paciente, será necessário fazer alguns ajustes. Primeiro, atente-se sempre para utilizar uma linguagem simples e clara, evitando termos técnicos e expressões que possam causar confusão.
Além disso, ajuste a comunicação de acordo com a capacidade de compreensão do paciente, utilizando frases curtas e objetivas.
Apoio emocional
Ter acompanhamento especializado é fundamental! Não hesite em procurar um psicólogo ou outros profissionais de saúde mental para se sentir bem. Afinal, a jornada pela frente é desafiadora, e você precisa se manter firme.
Inclusive, por mais cansativa que seja a rotina com o paciente, não se esqueça de cuidar de você, e inclua exercícios físicos, meditação e hobbies no seu dia a dia.
Planejamento
Planejar sempre traz clareza! Quando sabemos o que é preciso fazer e para onde ir, conseguimos ter um controle maior da situação. Portanto, juntamente com profissionais qualificados, crie um plano de cuidados para o paciente.
Considere as diferentes opções disponíveis e, sempre que possível, envolva o paciente nas decisões sobre seus cuidados, respeitando suas preferências e capacidades.
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Sim, a vida pós diagnóstico pode ser desafiadora, mas você não precisa lidar com isso sozinho. Se você tem um familiar idoso que recebeu o diagnóstico de Alzheimer, e precisa de uma ajuda no cuidado, o Cora Premium está de portas abertas!
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Além disso, a Memory Box, localizada próxima aos quartos, permite que cada um guarde objetos pessoais que evocam memórias afetivas, auxiliando na orientação espacial e proporcionando um sentimento de familiaridade.
Outro ponto desse espaço é nossa moderna cozinha terapêutica, onde são realizadas atividades que estimulam a cognição e a memória, como preparar receitas simples e organizar os ingredientes, por exemplo.
Inclusive, a iluminação natural e as claraboias ajudam a minimizar as possíveis mudanças de comportamento que podem ocorrer durante o entardecer, proporcionando um ambiente mais tranquilo e familiar.
E por último, mas não menos importante, o Espaço Violeta conta com o Espaço Família, um local reservado para os residentes receberem seus familiares e amigos em um ambiente acolhedor e confortável.
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